quarta-feira, 16 de maio de 2012

"Eu segui, na chuva mesmo, amaldiçoando São Pedro por não poder acender um cigarro. Não foi por falta de amor que a deixei, mas por ter encontrado um pouco de amor próprio. É irônico, afinal, abandonar alguém por amor... mas amor não vive sozinho, ela mesma me ensinou, precisa-se de dois para amar, e ela não me amava, pelo menos não da forma que eu queria. Ela me usava enquanto eu queria toda a amizade do mundo, eu queria alguém para partilhar meus segredos e tudo que eu ganhei foi abandono. Então eu também parti, como um pato bobo, meio sem rumo no inicio, mas depois peguei o prumo. Nado de um lado pro outro, todos os dias, e sou (ou seria estou?) até bonita agora...






O grande problema? Eu ainda a amo. Não daquele jeito, louco, mas a amo. Sinto falta de ter uma amiga, as vezes até acho que eu sinto falta é dela, mas lembro do sorriso apático em troca do sorriso enfático dos outros, do usar e ser usada, e deixo pra lá. Não vale a pena. Parou de chover - mas agora nem tenho mais vontade de fumar."


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